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O que é a contractura de Dupuytren?

 

 

 

 

 

Nesta patologia a fáscia (tecido entre a pele e os tendões) prolifera e leva ao aparecimento de nódulos e cordas. Progressivamente o dedo começa a retrair e deixa de esticar completamente.

O que causa a contractura de Dupuytren?

 

A contractura de Dupuytren é uma doença benigna e recidivaste. Na maioria das situações não há uma causa identificada para o seu aparecimento. Sabe-se contudo que é mais frequente no sexo masculino, doentes diabéticos, história familiar e consumo de álcool.

Quais são os sintomas habituais?

A contractura de Dupuytren normalmente progride lentamente, ao longo dos anos. Geralmente começa como um espessamento da pele na palma da mão. À medida que progride, a pele da palma da mão pode parecer retraída ou ondulada e formar-se um nódulo duro, geralmente indolor. Com o agravamento da doença de Dupuytren, os cordões de tecido formam-se sob a pele da palma da mão e podem-se estender até os dedos fazendo-os retrair em direcção à palma. O dedo anelar e o mindinho são mais comumente afetados, embora o dedo do meio também possa estar envolvido. Geralmente os doentes sentem dificuldades em abrir a mão, capturar objectos de maiores dimensões e impossibilidade de realizar tarefas triviais como cumprimentar, calçar luvas ou fazer a barba.

Como é feito o diagnóstico?

Na maioria das vezes é possível realizar o diagnóstico pela simples observação e palpação da mão. A impossibilidade de apoiar a palma da mão numa superfície plana é sinal de doença avançada e com indicação para tratamento cirúrgico (teste mão na mesa).

 

Em que consiste o tratamento?

Se a doença progride lentamente, não causa dor e tem pouco impacto na sua capacidade de usar as mãos para as tarefas diárias, não há necessidade de tratamento. Nessas circunstâncias deve-se vigiar a doença e avaliar sinais de progressão (teste mão na mesa).

Quando a doença acarreta limitações nas actividades do dia-a-dia está indicado o tratamento cirúrgico, que está dependente da gravidade da doença e comorbilidades do doente. Existem sobretudo dois métodos:

- Fasciotomia percutânea com agulha- consiste em fazer um picotado na corda, criando uma zona de fragilidade que depois permita romper a mesma com a extensão passiva do dedo. Geralmente faz-se sob anestesia local, permite uma recuperação rápida, mas com pior correcção e mais rápida taxa de recidiva.

- Fasciectomia digitopalmar - consiste numa técnica aberta em que se retira a fáscia patológica responsável pela doença. É actualmente a técnica "gold-standart" na maioria dos Centros de Cirurgia de Mão  uma vez que assegura uma melhor correcção da deformidade e menor taxa de recidiva.

Em situações extremas, em que o dedo tenha uma retracção grave e com anos de evolução, ou com múltiplas recidivas pode ser necessário um tratamento mais agressivo com fixação das articulações em posição funcional ou até mesmo a amputação.

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