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O que é a artrose da base do polegar?
Também conhecida por rizartrose, é por definição um desgaste da articulação entre o trapézio e o 1.º metacarpiano, na raíz do polegar.
Na longa caminhada evolutiva do Homem, a especialização e refinamento de um dedo dominante para a realização de uma miríade de funções e movimentos demonstra a importância do polegar na função da mão.
A artrose leva ao desgaste progressivo da cartilagem levando ao contacto directo entre os ossos, o que condiciona dor e deformidade (ver setas nas imagens).
Sendo a rizartrose a causa mais frequente de disfunção do polegar, é fácil compreender o seu impacto na execução das actividades de vida diárias e tarefas laborais.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico e realizada com base na história clínica e exame objectivo. Contudo será sempre necessário realizar um estudo radiológico para confirmação diagnóstico e para estadiamento, de forma a avaliar a extensão da patologia.
Em que consiste o tratamento?
Infelizmente não há forma de evitar o aparecimento da artrose nem de evitar a sua progressão. A boa notícia é que os tratamentos mais recentes permitem controlar ou resolver os sintomas e devolver a qualidade de vida.
A artrose da base do polegar na fase inicial geralmente responde bem ao tratamento médico que passa pelo uso de analgésicos, talas amovíveis, tratamento fisiátrico e eventualmente infiltrações.
Nos doente com artrose avançada ou naquelas situações que não melhoram com o tratamento conservador, está indicado o tratamento cirúrgico. Existem várias técnicas disponíveis e a escolha da técnica mas indicada deve ser realizada em função da idade, grau de artrose e necessidades específicas de cada doente. É possível fazer uma substituição total da articulação com colocação de um implante, que permite uma recuperação rápida, ou em alternativa retirar um dos ossos atingidos (o trapézio). Estas técnicas permitem resolver a dor e simultaneamente preservar a mobilidade e força do polegar.
O que causa a artrose da base do polegar?
Geralmente surge a partir dos 40-45 anos de idade e é claramente mais frequente no sexo feminino. Não está identificada uma causa exacta do problema, contudo estão identificados factores, como a genética, hiperlaxidez ligamentar e história prévia de fractura ou luxação, que podem predispor para o seu aparecimento.
Quais são os sintomas habituais?
A dor na base do polegar é o primeiro e principal sintoma. Numa fase inicial apenas se manifesta com os esforços, mas à medida que a doença progride, surge a dificuldade ou mesmo incapacidade de realizar tarefas básicas tais como abrir um frasco ou uma porta, dar à chave do carro ou até mesmo escrever. Nos estádios mais avançados surge um "inchaço" na base do polegar, sente-se uma crepitação à mobilização e esta habitualmente está limitada.
